Resenha Crítica de O Mestre Ignorante de Jacques Rancière
DOI:
https://doi.org/10.71263/dchz1028Palavras-chave:
O Mestre Ignorante, Jacotot, Rancière, Emancipação, Igualdade IntelectualResumo
Esta resenha crítica de O Mestre Ignorante, de Jacques Rancière, propõe uma reflexão disruptiva sobre a educação, questionando o mito pedagógica da hierarquia das inteligências e defendendo o princípio da igualdade intelectual. O principal objetivo da análise é avaliar os impactos das lições do mestre ignorante na emancipação do pensamento e da prática docente. Baseando-se na experiência de Ensino Universal do pedagogo Joseph Jacotot, a obra revela que o aprendizado não depende do mestre explicador, senão da emancipação do aprendiz. Destaca-se que a crença na inferioridade intelectual perpetua a desigualdade e o embrutecimento dos indivíduos. Identifica-se, porém, que o Ensino Universal não triunfará frente à atual sociedade pedagogizada; mas também não morrerá jamais no espírito humano. Permanecerá, portanto, como resistência no campo conflituoso da filosofia da educação. Por fim, a escola pode criar situações inesperadas e provisórias de igualdade intelectual e o mestre explicador pode, a partir das lições de Jacotot e do acaso, emancipar-se. Anunciando aos seus iguais a bênção da emancipação.
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Referências
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