Reflexividades Estruturais: um sociólogo, o imaginário humano e as tramas sociais dinâmicas
DOI:
https://doi.org/10.71263/7gr8w656Palavras-chave:
Teoria da estruturação, Educação Crítica, Modernidades múltiplas, agência e reflexividadeResumo
Este memorial biográfico apresenta a trajetória acadêmica e profissional do autor, que se inscreve na interface entre filosofia e sociologia, enfatizando a tensão permanente entre agência reflexiva e determinantes estruturais. Inicia-se pela formação familiar em Campina Grande (PB) e pela influência decisiva de figuras maternas na valorização da educação. Na graduação em Ciências Sociais pela UFCG, consolidou-se o interesse pela análise crítica das dinâmicas de produção cultural e política, refletidas na monografia sobre o discurso publicitário e construção da subjetividade. No mestrado, aprofundou-se em sociologia rural, investigando relações de subalternização no contexto irrigado do Vale do São Francisco. Posteriormente, como professor no IFSertãoPE, conciliou o doutorado em Sociologia (UFPE), que examinou os impactos da globalização nas relações de trabalho em packing houses de manga, com atividades de gestão acadêmica — ocupando cargos de Coordenação de Extensão e Direção Administrativa em dois campi. Suas pesquisas uniram o referencial da Teoria da Estruturação (Giddens), a microfísica do poder (Foucault) e a visão de habitus (Bourdieu), revelando processos de controle social e de resistência silenciosa no meio rural. Como docente, defende a sociologia e a filosofia como ferramentas imprescindíveis à formação crítica, sobretudo em tempos marcados pela espetacularização das redes sociais. Recentemente, coordena projetos interdisciplinares: o “Mapeamento Sociotécnico de Riscos Psicossociais em Empresas Agropecuárias” (abordando saúde no trabalho sob viés sociotécnico) e “Histórias da Confederação do Equador” (produção de materiais pedagógicos para ensino médio). Em paralelo, dirige iniciativa de etnografia e história oral sobre a Missa do Vaqueiro de Petrolina, vislumbrando a “imensidão íntima” (Bachelard) da religiosidade nordestina. Em todas as fases, ressaltam-se a reflexão ética, a imaginação sociológica e o compromisso com a transformação social, evidenciando que o “ser” se constitui em devir incessante (Deleuze), a partir do engajamento crítico e da contínua adaptação às múltiplas modernidades (Eisenstadt).
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