Proposições de Conteúdos do Imaginário no Ensino de Filosofia
DOI:
https://doi.org/10.71263/x8kan719Resumo
Procuramos discutir sobre as adequações e pertinências dos conteúdos do imaginário para o ensino de filosofia. Conteúdos, como: as imagens em diferentes afirmações pictóricas e culturais; como os mitos, constituídos ao longo da história da humanidade e que foram exemplificados por Vernant (2006), com as narrativas que moldam os quadros mentais; como os sonhos, a exemplo da expressão específica do inconsciente, em Jung (2020), e como os desejos, peculiares aos indivíduos da contemporaneidade permeada pelas tecnologias e seus dispositivos tecnológicos. O professor de filosofia se depara e interage, no campo teórico e prático de ensino, com conteúdos do imaginário, ao mesmo tempo em que a sua própria figura caracteriza uma imagem construída, ela também estará sempre se remodelando a todo instante. Exemplificamos com a “imagem do si – mesmo”, que segundo Jung (2014), portamos dentro de nós e que será sempre simbolizada historicamente. As reformulações da figura do professor também se dão por diferentes circunstâncias, sobretudo, por dinâmicas externas, a exemplo dos processos tecnológicos que lhes impõem mudanças de posturas, utilizações de novos aparatos, novas ideias e novos dispositivos oriundos das novas tecnologias, variações teóricas e metodológicas, dentre outras formas de alterações, muitas vezes contestadas ou refutadas. “O homem ‘civilizado’ reage a ideias novas da mesma maneira, erguendo barreiras psicológicas que o protegem do choque trazido pela inovação” (Jung. 2020, p. 33). Propomos, assim, explorar as múltiplas possibilidades e contribuições dos conteúdos do imaginário no ensino de filosofia no nível Médio. As dinâmicas e rupturas geradas a todo instante pelos novos processos tecnológicos nos impõem desafios nos cotidianos de ensinos que vão além do desconhecimento das ferramentas e dos dispositivos tecnológicos. Buscamos, portanto, compreender o que se passa no meio social e, ao mesmo, procuramos um autoconhecimento, enquanto professor, revendo e revisando os aparatos teóricos e metodológicos que temos acessos.
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